E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar. (Mateus 27:5)
Os quatros evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) narram a traição de Judas, Mateus o mais detalhista, nos diz que Judas foi tomado de remorso.
Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos as trinta moedas de prata. (Mt 27:3)
Segundo Mateus, Judas também reconheceu que havia cometido um grave pecado contra seu Mestre.
E disse: "Pequei, pois traí sangue inocente". E eles retrucaram: "Que nos importa? A responsabilidade é sua". (Mt 27:4)
O remorso é um terrível sentimento de culpa por aquilo que não era para ser feito, e que pode nos tirar o prazer de viver, se não dermos lugar ao arrependimento.
Da mesma maneira, os evangelistas relatam que Pedro traiu o Senhor, e depois de nega-lo três vezes, foi tomado por um amargo sentimento de culpa.
Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente. (Lc 22:62)
Tanto Judas como Pedro sabiam o mal que haviam cometido, ambos foram tomados por um terrível sentimento de culpa, e lidar com este sentimento não é uma tarefa fácil, muitos não suportam a vergonha.
Enquanto Judas cheio de remorso foi se suicidar, Pedro foi chorar.
A Bíblia nos diz que após a ressurreição, Jesus foi ao encontro de Pedro e o perdoou, e eu não tenho dúvidas que Jesus faria o mesmo com Judas.
Não importa o tempo que estamos caminhando com Jesus, o pecado faz parte deste mundo, e enquanto não chegarmos no céu, somos encorajados a perdoar aqueles que pecarem contra nós, e pedir perdão quando conscientes de que pecamos contra alguém.
Ambas atitudes são difíceis? Sim, e ambas são igualmente necessárias para a nossa alma.